"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também, viver um grande amor." Amadeus Mozart.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Muda

Eu simplesmente não consigo, nem de longe, dizer tudo o que eu estou sentindo. Nos nossos primeiros tempos, você tinha essa capacidade de me deixar muda, lendo e relendo tudo, e tentando decifrar as minhas reações, pelas suas palavras. Nos nossos primeiros tempos. Depois, a sua verdade foi se perdendo e se perdendo de mim... Ler isso resgatou um pouco das minhas reações primeiras. Eu sinto muito por tudo, eu sinto muito por essa dor, que – acredite – está sendo absolutamente compartilhada. Me doeu e me deixou com a sensação de pequenez e incapacidade, não ter a mágica de te fazer sorrir, por agora. Te quero um bem absurdo. Nem de longe alguém imagina como eu fiquei, lendo isso tudo. Os nossos ponteiros continuam contrários... Acredito que você já deve saber a razão, mas, me promete que vai ficar bem, que vai se cuidar, que vai estudar direitinho? Me promete? Ai, eu tou partida, juro. Com um aperto bem grande, aqui dentro. Promete que vai ser feliz, que vai amar de novo, e de novo? Promete que vai ser bem, bem feliz? Me promete também, que vai dar o melhor de você, em qualquer momento? Você é uma pessoa linda, só precisa se perceber com cuidado. Tem um lugar que é seu, aqui dentro. Só seu.

Com enorme carinho...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Entenda

Quando eu disser que sim; é sim. Quando eu te der um não; é não. Toda essa verdade cabe sim, em mim, e agora minha estrada, também é a sua rua. Entenda.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Às vezes

Às vezes pensar me torra os miolos. Gostar, querer, acreditar; também. Às vezes desistir me consome. Insistir, superar, perdoar; também. Às vezes acreditar é impossível. Desacreditar,"desquerer", desgostar; também. Às vezes se quer apagar o rastro do dia. Da lembrança doída; também. Às vezes ainda dá tempo de zerar o ponteiro e religar a contagem, para o dia seguinte não se perder. Às vezes "quem conta um conto aumenta um ponto". Ou diminui. Às vezes, vale acreditar no entendimento, na verdade, no respeito, no cuidado; por mais uma vez. Por apenas, mais uma vez. Mas, só às vezes. Às vezes o tempo limpa, e o dia nasce azul, de novo.      

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Quase tudo dito

Eu respiro fundo, três vezes. Dez. Cem. Mil vezes. Ai, eu respiro fundo demais. E respiro, e respiro... Tento fazer uma conexão de tudo tão desconexo, que me ronda aqui, nas entranhas pulsantes. A estrada da vida é tão bifurcada. São tantos sentidos em mim. Os meus ouvidos me contam um segredo contado, que me acelera o rio vermelho de sangue. A minha boca cala uns gritos rasgantes. O cheiro que eu sinto me traz segurança, enquanto os olhos fechados me traem - às vezes muito me traem. Quanto do mundo, os meus olhos não querem ver? Quanto os meus ouvidos ensurdecem, para algumas verdades ruins? Eu sei o que quero. Sei exatamente o que quero, mas o mundo em volta é tão livre de mim. A fluência dos dias, das coisas, das pessoas, dos sentimentos – delas -, da verdade enraizada em cada palavra que o peito arranca de dentro. Todo o resto do que eu não digo, independe de mim. Eu não quero simplesmente ser levada pela vida, eu quero viver segura dos meus passos, mas será que tanto “querer” assim, é plausível de se fazer concreto? Eu só quero o que é meu; aquilo que me aguarda por merecimento. Aquilo que me guarda segura, como quando a minha mãe cantava Caetano, para mim. "Gosto muito de te ver leãozinho, caminhando sob o sol, gosto muito de você leãozinho". Eu só quero ser livre e confiar. Ser livre e deixar livre, respeitar e ser respeitada, amar e ser amada, ser e fazer feliz. Eis aqui, nas entrelinhas, a minha decisão, inconstante e mutável como os dias de arco-íris, de gotas e luzes. Eu não quero apenas ser mais uma. Eu quero ser. Assim como eu sou para mim, assim como quem gosto é para mim. Única. Unicamente lembrada, beijada, amada, vista. Eu só quero o espelho do que eu ofereço, nenhum segundo além. Já dizia Neruda, que o amor é como um espelho, e respirando este sentimento, como eu respiro, peço licença para refletir, e ser reflexo. Peço um reflexo iluminado, pela passagem, longa ou curta, do meu, no teu caminho.  

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Agora já foi...

Acabei de me dar conta, que nem tudo precisa ser dito, por mais que seja verdade. O nome disso? Tato. Ou, você pode colocar muita coisa a perder, numa fração de surto de sinceridade.