"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também, viver um grande amor." Amadeus Mozart.

sábado, 12 de junho de 2010

Toque...

Vejamos como eu posso começar a te contar tantas coisas novas, sem sequer ter contado as antigas. Me parece uma tarefa um tanto quanto complicada, começar engendrando a teia da minha vida, do particular, para, aos poucos – e caso tudo corra da maneira que eu planejo – te apresentar a estrada inteira, que me trouxe até aqui. Espero, por tudo, encontrar mais e mais portas abertas e vou fazer por onde mantê-las. Geralmente, quando eu me predisponho a compartilhar alguma coisa minha; grande, importante e que mexeu, está mexendo ou irá mexer com sentimentos puros, vontades nobres e anseio de crescimento – não é à toa. Na prática, quer dizer: frequente a minha vida, porque estou te dando a cópia das chaves. O interessante disso tudo, é que não dá pra escolher as pessoas que temos vontade de entregar o segredo da fechadura, é uma questão tão aleatória quanto pegar a jujuba verde, do pacote, ganhar no “par ou ímpar” ou abrir a janela bem na hora em que está passando uma deliciosa corrente de ar, que entra limpando a alma. Muitas pessoas experimentam as chaves, poucas abrem, de fato, a porta, entram e se mantém na casa. Bom, deixando os preâmbulos para lá, mas, não posso começar a te contar as novidades, sem antes alertar do quão prolixa consigo ser... Eu acho que você até já percebeu. Tudo começou – digo, tudo de agora – quando um amigo me ouviu. Ele resolveu que ia juntar a equipe que havia trabalhado com ele, na produção de um clipe, para “levar a minha voz adiante”, caso esta mesma equipe topasse o projeto, mas desta vez, comigo. Sem que eu soubesse de nada, quando digo: nada, é em absoluto. As pessoas – algumas conhecidas minhas e muito amigas – se mantiveram em silêncio, sobre o assunto. Depois de três semanas; conseguimos nos encontrar, e ele me falou da proposta, com muito medo, pois já tinha a informação de que eu não sou a melhor pessoa para exposições, e que era provável que eu não aceitasse. Bem, eu aceitei. A primeira reunião aconteceu ontem, com pessoas muito queridas, que acreditam e estão extremamente dispostas a ajudar. O mote, foi definir questões burocráticas; de registro, por exemplo. A parte difícil; decidir os instrumentos que não entrarão nas gravações, já que surgiram muitas opções e muitos nomes, também. Primeira música: “melodias pelo chão”. Temos nomes, ideias, pessoas, saúde, anseios, tempo, somos jovens. Agradeço por tudo isso, sempre. Talvez eu tenha sido bem superficial, na parte que mais te interessava. Acho que fui. Talvez você nem tenha entendido muita coisa, mas assim que eu te encontrar pessoalmente, prometo que falo de cada instrumento, e do seu respectivo dono, prometo que falo de cada passo dado, e dos seus respectivos colaboradores, prometo que conto tudo melhor, e até te deixo fazer parte, se você o quiser. Abra a porta, entre na casa e toque a melodia.

Para P. H.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ponteiro contrário (Um presente musicado)

Espero o tempo e o espaço
Se eu quero, não quero, momento
Me calo, enquanto deveria responder
Silêncio, tormento do tempo
Verdade, eu já te vi cruzar a minha rua
Ponteiro, metade da lua
Inteiro quem sabe aquela esquina é a sua
Ponteiro contrário, cultua
Passagem, miragem, tão nua
Ponteiro contrário, cultua.

Para alguém bem diferente de mim, com carinho.