"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também, viver um grande amor." Amadeus Mozart.

domingo, 4 de julho de 2010

Era seu



Vai esquecer, o que ainda guardo aqui
Vai dizer, que eu não insisti
Vai deixar o amor partir, de vez
Quando o amor passar
Eu vou me convencer
Que eu não pude mudar
Você vai lembrar
E vai se convencer
De quanto eu ia amar
Enquanto houver cor
Mesmo depois do fim
Enquanto houver amor em mim
Se tudo se perder
E nada adiantar
Eu vou guardar
O seu sorriso na memória
Uma memória inventada
De tudo o que não se viveu
Eu não sei o que me resta
Nem sei bem se tive nada
Mas “o que eu tinha era seu”.

Uma das últimas letras de música para um certo alguém, nesta data de "aniversário de memória", que me é o dia 4 de julho. Os seus defeitos me foram muito toleráveis, e tudo o que eu mais quis, foi conviver com todos eles, dos "florais" aos "tarja preta". Hoje já não me importo mais, você me (con)venceu a ir, com palavras torpes e desejos vazios. "Muito pra mim é tão pouco..." Estou completa, por fim, e ainda carrego comigo, tudo o que um dia já foi completamente seu, e que agora, será um pouco meu - de volta - e talvez, de outro alguém.

8 comentários:

  1. Que linda.
    As duas.
    A música e tu, óbvio.

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  2. Obrigada, meu bem. "Eu sinto muito", lembra?!

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  3. Puxa Helô, eu fui lendo lendo lendo e senti essa letra, ela pesou a cada palavra. Muito boa letra.

    Beijo, preciosa. :)

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  4. Ai Helô a musa das coisas que eu to sentindo...
    Chega perdi ar aqui, é exatamente o que eu to sentindo. ¬¬

    E quando sai música dela? :D

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  5. A música já está prontinha, vou te mandar. ^^

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  6. tu ja teve a sensação de mesmo não tendo, achar uma maneira de burlar a consciência e... de um certo modo, se enganar. achar que tudo ainda existe em algum lugar e, por um mísero momento, sentir o "boomm" que existiu outrora, só pra lembrar o quanto é (foi) bom - gigantesco, monstruoso, imensurável?

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  7. Às vezes se perde; sem querer perder, às vezes se ganha; sem esperar, mas o segredo para manter as flores pelo caminho, está na forma com que se rega, está no cuidado que se tem. O "boomm" é bom, quando é uma conquista, quando dura muito mais que míseros momentos, quando completa, supre, acalanta. O "boomm" é bom quando não fere a consciência própria, nem machuca o ego, a alma e o coração alheio. O "boomm" vale muito a pena, quando, antes que alguém possa se perder no tempo, o outro alguém se dê conta da importância de um amor que foi vivo, ou podia chegar a ser. O “boomm” é bom, antes que se arranque a flor do amor pela raiz e permita que se torne "gigantesco, monstruoso e imensurável “ o que foi real, o que foi vivido, não o que mora no imaginário das fábulas. O amor, ou se vive no tempo certo, ou passa do ponto, com o avanço do ponteiro apressado.

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